Quem é Abilio Diniz.

Abilio dos Santos Diniz, foi um administrador e empresário brasileiro, presidente do Conselho de Administração da Península Participações, presidente do Conselho de Administração da BRF e membro dos Conselhos de Administração do Grupo Carrefour e do Carrefour Brasil.

Foi sócio da Companhia Brasileira de Distribuição, que inclui as bandeiras de Varejo Alimentar, Pão de Açúcar e Extra, de Atacarejo, Assaí e de Eletro, Ponto Frio (Globex). Também foi sócio majoritário das Casas Bahia, através da sua controlada Globex .

Nascido em 1936, começou a ajudar seu pai aos 12 anos na Doceria Pão de Açúcar . Em 1959 se formou em administração de empresas na FGV, optou por não seguir carreira acadêmica e seguir junto ao seu pai o projeto da primeira loja do supermercado Pão de Açúcar, localizada na Av. Brigadeiro Luiz Antônio, em São Paulo.

Em 1960, já com a loja piloto em andamento, Abilio viajou pela Europa e Estados Unidos, onde ficou 4 meses observando e estudando o setor do varejo no exterior. Por meio de visitas a grandes redes, ele buscou aprender tudo que estava em seu alcance.

Em 1963 a segunda unidade do Pão de Açúcar foi inaugurada na rua Maria Antônia no centro de São Paulo. Após esse ano o Pão de Açúcar adquiriu os supermercados Quiko e Tip Top.

Em 1965, o Pão de Açúcar adquiriu a rede Sirva-se, pioneira do negócio em São Paulo, junto com o Peg-Pag.

Em 1967, Diniz embarcou a Paris com seu amigo e à época professor do curso de administração da FGV de São Paulo Luiz Carlos Bresser-Pereira, que trabalhava no Pão de Açúcar, para conhecer Marcel Fournier, cofundador do Carrefour. O empresário levou-os para conhecer uma loja, onde detalhou o passo a passo da operação.

Com isso, em 1968 o Pão de Açúcar já contava com 40 supermercados e 1.642 funcionários e Abilio se firmara como um destacado executivo da empresa, jovem e empreendedor. Neste mesmo ano foi um dos fundadores da Associação Brasileira dos Supermercados.

Ispirado no modelo de hipermercados Carrefour, Diniz inaugurou em 1971 em Santo André a bandeira Jumbo, o primeiro hipermercado do Brasil.

Em 1976, adquiriu a rede Eletroradiobraz, segunda maior rede de supermercados e hipermercados do Brasil na época, com oito supermercados, 26 hipermercados, 16 magazines e um depósito.

Durante as décadas de 60 e 70, o Pão de Açúcar apresentou um grande crescimento com Diniz à frente do negócio.

O Pão de Açúcar foi a primeira rede de supermercados a instalar uma loja em shopping center (o Iguatemi, em São Paulo), a ter uma farmácia, a funcionar 24 horas e a montar um centro de processamento de dados.

Em 1979, após os decorrentes desentendimentos familiares, afastou-se dos negócios. Nessa época, convidado pelo ministro do Planejamento, Mario Henrique Simonsen, passou fazer parte do Conselho Monetário Nacional. Lá, atuou principalmente coordenando a produção de boletins econômicos. No período de dez anos em que Diniz passou na ponte aérea São Paulo-Brasília, a empresa foi conduzida por seu pai, irmãos e outros profissionais.

Ao fim da década de 1980, ao perceber que os negócios não iam bem, Valentim pediu a Abilio para que assumisse a direção com plenos poderes. Em meados de 1989, Abilio voltou à companhia e passou a ocupar a presidência executiva, enquanto seu Valentim integrava o Conselho de Administração do Grupo.

Diniz desenvolveu um projeto de recuperação emergencial, mas não chegou a executar, pois, em março de 1990, o governo Collor implementou um plano de medidas financeiras no país que gerou uma falta de caixa na empresa, e o Pão de Açúcar ficou à beira da falência.

Para recuperar a companhia, Diniz pôs em prática o lema “corte, concentre e simplifique”. Executou um plano de corte drástico que não poupou nem os cargos de primeiro escalão.

Também vendeu o prédio construído pelos seus irmãos na Berrini, bairro comercial de São Paulo, que foi sede do GPA de 1986 a 1992.

O número de lojas, que chegara a 626 em 1985, foi reduzido para 262, em 1992.

Desta forma, Diniz conseguiu contornar a crise e levar o grupo a um novo período de expansão.

A partir de 1992, conflitos familiares começaram a interferir no futuro da companhia.O Grupo Pão de Açúcar se estabilizou societariamente com um acordo fechado em novembro de 1993.

Diniz ficou com o controle majoritário do grupo, os pais passaram a uma participação minoritária (36,5% das ações), sua irmã Lucília preservou 12% das ações. Os outros irmãos venderam suas participações no grupo.

Já em 1995, abriu o capital do Grupo Pão de Açúcar e, em 1997, passou a negociar suas ações na Bolsa de Nova York. Foi a primeira empresa de controle 100% nacional a realizar uma emissão global de ações (no Brasil, Estados Unidos e Europa).

Em 1999, o grupo francês Casino assume 24% do capital votante do grupo. Em 2000, o empresário iniciou um novo processo de reengenharia da Companhia Brasileira de Distribuição e assumiu a liderança no ranking das maiores redes de varejo do país.

O próximo passo foi buscar um parceiro estratégico no exterior. Nesse processo, foi escolhido o grupo francês Casino, presidido por Jean-Charles Naouri, que entrou, em 1999, como sócio minoritário, adquirindo 24,5% do Grupo Pão de Açúcar (GPA) por 854 milhões de dólares. Dois anos depois, o grupo francês ampliou sua participação no negócio, investindo dois bilhões de reais, e em junho de 2012, assumiu o controle total do GPA.

Ao fim de 2002, Diniz e seus filhos decidiram profissionalizar a companhia. Dessa forma, deixou a presidência executiva do GPA e passou a ser presidente do Conselho Administrativo do Grupo.

Em 2003, Diniz tornou-se também um membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social: um grupo formado por representantes da sociedade civil, dos mais diversos segmentos, que assessoram diretamente o Presidente em todas as áreas de atuação do Poder Executivo.

Nesse mesmo período, em 2009, o Grupo Pão de Açúcar comprou a rede Ponto Frio, e também 51% da rede Casas Bahia formando posteriormente a Via Varejo e tornando-se líder no varejo do país.

Foi considerado pela Revista Época um dos 100 brasileiros mais influentes do ano.

Em abril de 2013, a convite da gestora de investimentos Tarpon, assumiu a presidência do Conselho de Administração da BRF, incursionando pela primeira vez no segmento industrial.

Atuando como sócio minoritário da BRF por meio da Península Participações, empresa de investimentos da família, sua atuação na companhia iniciou-se por uma ampla reestruturação. O lucro da companhia teve um crescimento de R$ 700 milhões em 2012 para R$ 2,2 bilhões em 2014. Na mesma época, o valor de mercado foi de R$ 37 bilhões para R$ 55 bilhões.

Em setembro de 2013, insatisfeito com a nova gestão do Grupo Pão de Açúcar pelo francês Casino, Abilio firmou acordo com o sócio Jean-Charles Naouri, para deixar a companhia. Nesse ato, Diniz preferiu transformar suas ações ordinárias em preferenciais, sem direito a voto, e renunciou ao cargo de Presidente do Conselho do GPA, que passou a ser exercido por Naouri. Em contrapartida, foi liberado da cláusula de não concorrência, que antes o impedia de atuar no varejo.

Ao sair do GPA, Diniz passou a dedicar mais tempo à Península Participações e às empresas investidas, como BRF e Carrefour. Em 2014, a Península Participações já geria um patrimônio de mais de 10 bilhões de reais e contava com mais de cem profissionais.

No fim de 2014, Abilio adquiriu, por meio da Península Participações, 10% das ações do Carrefour Brasil e assumiu um assento no Conselho de Administração da empresa.

Já em junho de 2015, a Península Participações ampliou a sua participação no Carrefour Brasil de 10% para 12%. Em meio a essa ampliação, o fundo soberano de Cingapura (Government of Singapore Investment – GIC) entrou como investidor indireto.

No mesmo ano, 2015, a Península Participações aumentou de 2,4% para 5,07% sua participação no Carrefour global.[44]

Em março de 2016, a empresa tornou-se o terceiro maior acionista global da rede Carrefour, aumentando sua participação na companhia de 5,07% para 8,05%. Em maio de 2016, Diniz foi nomeado membro do Conselho de Administração do Grupo, com 90% de votos lançados na reunião anual de acionistas. Desde janeiro de 2016, Abilio ocupava a posição de Observador, com papel consultivo.

Foi eleito pela revista Forbes  o 14º brasileiro mais rico e a 477ª pessoa mais rica do mundo.

Fonte: Wilkipedia –

Licença: CC BY- SA 4.0

Abilio Diniz

Administrador do Grupo Pão de Açúcar.  
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