As Profissões dos Supermercados que Podem Acabar ou Estão Extintas

Profissões nos supmermercados que podem vir a acabar.

O setor de supermercados no Brasil, como em outras partes do mundo, tem passado por uma transformação significativa nos últimos anos.

A modernização e a automação dos processos têm impactado diretamente as dinâmicas de trabalho, resultando no desaparecimento de algumas profissões tradicionais. Por outro lado, novas funções surgem para atender às demandas tecnológicas.

Neste artigo, vamos explorar as profissões que estão sendo extintas nos supermercados brasileiros, refletindo sobre as causas desse fenômeno e suas implicações para o futuro do trabalho.

Cartazista

Sem dúvidas, a profissão de cartazista sempre teve sua individualidade por ser uma profissão que sempre exigiu experiência, e também o dom da caligrafia.

A profissão de cartazista de supermercado envolve a criação de cartazes e outros materiais visuais para comunicar preços, promoções, ofertas e informações de produtos dentro de supermercados e estabelecimentos comerciais.

Essa comunicação é feita manualmente com pinceis, canetas, tintas e outros materiais artísticos. A escrita à mão é característica dessa função, com letras chamativas e cores que atraem a atenção dos clientes.

Com o avanço dos encartes eletrônicos e banners impressos, muitos supermercados estão deixando de produzir seus cartazes manuais, trocando por cartazes digitais e impressos.

Certamente essa transição mudou o conceito de comunicação visual nos supermercados e adequou essa profissão, ou seja, não havendo a necessidade de manter um operador de supermercado dedicado somente como o cartazista da loja.

Mesmo assim, em alguns estabelecimentos, especialmente os de menor porte, essa função ainda é valorizada pela sua personalização e apelo visual.

Foto: Cartazista de Supermercado. As profissões dos supermercados que podem acabar ou estão extintas.

Contador de Estoque Manual

Os contadores de estoque, são profissionais que verificam manualmente o inventário e monitoram a quantidade de produtos nas prateleiras e no depósito. Tradicionalmente, os hipermercados sempre contrataram este serviço de empresas terceirizadas.

Essas empresas desenvolvem todo o serviço de inventário aos supermercados mensalmente ou trimestralmente.

São contados manualmente todos os produtos da loja.

Existem dois tipos de inventário, o geral e o parcial.

Quando o inventário é geral, conta-se todos os setores, porém quando o inventário é parcial, conta-se alguns setores como os perecíveis por exemplo.

Todavia, esse serviço estão sendo substituídos por sistemas automatizados. Já existe no mercado etiquetas eletrônicas de estoque, sensores RFID (identificação por radiofrequência) e softwares de gerenciamento automatizado.

Todos eles permitem um controle de estoque mais preciso, eliminando a necessidade de contagem manual.

Empacotador

O cargo de empacotador de supermercado, é responsável por organizar os produtos nas sacolas para os clientes após o registro de pagamento no caixa.

Muitas lojas estão incentivando os clientes a empacotarem seus próprios itens, seja como medida de economia de custos ou por motivos ambientais, como o uso de sacolas reutilizáveis.

Além disso, o aumento de tecnologias de self-checkout reduz ainda mais a necessidade dessa função.

A maioria dos supermercadistas deixaram de lado essa profissão, pois visam o aproveitamento dessa mão de obra em outro setor do supermercado. Entendem que pelo fato de possuir um ticket médio menor que grandes redes, é mais viável o incentivo do cliente a embalar suas compras.

Vendedor de Eletro

A profissão de vendedor de eletrodomésticos e eletroeletrônicos tem enfrentado uma diminuição no Brasil por uma série de razões, muitas das quais estão relacionadas a mudanças tecnológicas, econômicas e de comportamento do consumidor.

Outro detalhe importante sobre a profissão de vendedor de eletro, e que com a diminuição do hipermercados, este setor não faz parte dos supermercados e atacarejos que crescem no país.

Atualmente as lojas de departamentos também passam por uma adaptação com a profissão de vendedor de eletro.

O comércio eletrônico cresceu exponencialmente nos últimos anos e os compradores preferem comprar online pela conveniência. Além disso, o e-commerce oferece maior competitividade de preços e possibilidade de comparar produtos rapidamente.

Diretor de Loja

Nos últimos anos, os hipermercados estão enfrentando concorrência crescente de formatos menores de varejo, como supermercados , atacarejos e lojas de conveniência. Esses modelos exigem menos níveis hierárquicos, pois operam com estruturas mais enxutas. Como resultado, a demanda por cargos como o de diretor de loja de grandes unidades pode estar diminuindo.

Certamente o cargo de diretor de loja tem um papel forte na hierarquia de um hipermercado devido a grande estrutura de cargos que existem nessas lojas. Abaixo da hierarquia de diretor de loja por exemplo, estão o gerente de operacional ou gerente de loja.

Como a crescente expansão dos supermercados e atacarejos que operam com um modelo gerencial mais enxuto, quem faz o papel de um diretor de loja são os gerentes de loja.

Todavia , as redes de supermercados e atacarejos com número maior de unidades, contam com cargos de diretor regional, ou seja, responsáveis por mais de uma unidade.

Veja também:

Outras profissões que podem deixar de existir.

Operador de Caixa

Sabemos que a tecnologia do Self Checkout já é uma realidade bem atual na maioria dos supermercados de todo o país.

Esse serviço tem trazido de certa forma uma mudança na profissão dos operadores de caixa.

Máquinas de self-checkout permitem que os clientes escaneiem seus próprios produtos e realizem o pagamento sem a necessidade de um operador de caixa.

Esse modelo reduz a dependência de funcionários para realizar transações, especialmente em locais de grande movimento.

Leia mais : Caixa de autoatendimento nos supermercados: uma ameaça aos empregos?

Com toda certeza, é muito importante os proprietários ou a direção dos supermercados terem a conscientização social ao realizar a implantação dos caixas de autoatendimento, de maneira responsável, incentivando a empregabilidade, e não a sua redução de quadros.

No entanto, esse processo pode levar anos, e a extinção total da profissão de operador de caixa pode variar de acordo com a região, o tipo de comércio e o perfil do público consumidor.

Em suma, a profissão de operador de caixa pode não desaparecer completamente de imediato, mas está em declínio, e sua relevância provavelmente continuará diminuindo com o tempo devido às mudanças tecnológicas e às novas formas de pagamento e atendimento no varejo.

Conclusão

A extinção de profissões nos supermercados brasileiros é reflexo de um processo de modernização e automação que visa aumentar a eficiência operacional e reduzir custos. No entanto, essas mudanças trazem também desafios sociais, como a necessidade de requalificação profissional e a criação de políticas de proteção para trabalhadores impactados por essa transformação.

Enquanto algumas funções tradicionais desaparecem, novas oportunidades surgem, sobretudo nas áreas de tecnologia, manutenção de sistemas automatizados e análise de dados.

É crucial que o mercado de trabalho brasileiro esteja preparado para lidar com essas mudanças, investindo em educação e capacitação para garantir que os trabalhadores possam se adaptar e prosperar nesse novo cenário.

Assim, o futuro dos supermercados no Brasil aponta para uma maior integração de tecnologia, com impactos profundos tanto nos consumidores quanto nos profissionais que atuam no setor.

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Rogerio Prado

Rogerio Prado, formado em Administração de Empresas e pós graduado em Gestão Pública, especialista de Comércio Exterior e empreendedor digital, com 15 anos em vivência no varejo brasileiro.

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